Perfil Lygia Clark
Nasceu em 1920 em Belo Horizonte e morreu em 1988 no Rio de Janeiro, iniciou seus estudos artísticos em 1947 no Rio e em 1950 viajou para Paris, onde aprimorou a sua técnica de pintura a óleo, tendo escadas e retratos de seus filhos como tema. Em 1954 se uniu a outros artistas e criou o grupo Frente. Ainda em 1954, Lygia participa da Bienal de Veneza, fato que se repetiria em 1968, quando é convidada a expor em sala especial, toda a sua trajetória artística, até o momento.
Em 1959, Lygia procura novos caminhos e começa a pintar as molduras da cor da tela, e chama isso de linha orgânica, em 1954, a superfície se expande sobre a tela, separando um espaço, se resumindo nele e se sustentando como um todo. Ainda em 1959, a artista cria objetos em metal, e em 1960 cria esculturas articuladas, onde o público se torna participador, em 1961, ganhou um prêmio na Bienal de São Paulo, de melhor escultura nacional com a exposição Bichos.
Ela é uma artista atemporal, e sem um lugar bem definido na história da arte, estabelece um vínculo com a vida, e isso fica claro em suas obras sensoriais. Em 1968, faz uma instalação de 8 metros no MAM-RJ, onde os expectadores podem passar por dentro dela, no mesmo ano mudou-se para Paris, e em 1972 ministra cursos na Sorbonne.
Em 1981, diminui o ritmo de suas obras, e em 1983 é publicado um livro obra, com apenas 24 exemplares, escritos pela própria artista, e em 1986, realiza-se no Paço Imperial do Rio de Janeiro, o IX Salão de Artes Plásticas, com uma sala dedicada a Lygia e Helio Oiticica. A exposição constitui a única grande retrospectiva dedicada a artista que ainda estava em atividade.
Em abril de 1988, Lygia Clark falece.