Conheça Adriana Varejão
- Por: Gabrielle Bertoncello Pavezi
- 25 de mar. de 2016
- 2 min de leitura

Adriana Varejão é uma das artistas plástica contemporânea, que mais vem ganhando destaque no cenário nacional e internacional. Adriana nasceu em 1964 no Rio de Janeiro, onde desde cedo iniciou sua carreira, frequentou cursos livres na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e fez sua primeira exposição individual em 1988, na Galeria Thomas Cohn. A artista começou a cursar engenharia na Puc e nesse meio tempo, fez um curso de arte e se descobriu. "Não pensava se conseguiria ou não viver da própria arte. Eu estava vivendo, fazendo as coisas, descobrindo a minha linguagem. Não estava preocupada se ia ou não expor, quanto ia ganhar, qual ia ser meu galerista. Falo para os estudantes isso quando vou dar palestras. Vejos as pessoas muito preocupadas com o resultado. Não é por aí. É preciso apenas encontrar suas voz. E achar a tal linguagem, de acordo com ela, nunca é fácil. É muito sofrimento. Cada vez que você olha uma tela em branco acredita piamente que não vai ter mais idéias, que vai ficar bloqueada. O processo de criação é dolorido.”
Na década de 90, foi incluída em várias mostras importantes e assim foi mostrando o amadurecimento do seu trabalho, destacando-se as participações na Bienal de São em 1994 e 1998, nas Bienais de Havana (1994) e Johannesburgo (1995) e Liverpool (1999). Adriana foi uma das figuras principais na Bienal de Sydney (2000), além das mostras coletivas UltraBaroque (EUA 2000 e 2002), Tranculture (Veneza e Tóquio 1995), New Histories (ICA, Boston, 1996), Mapping (MoMA – NY, 1994).
Sua obra reproduz elementos históricos e culturais, com elementos ligados a colonização, ao barroco e a azulejaria. Investiga também a utilização do corpo humano, da visceralidade, e da representação da carne como elemento estético. Apesar de remeter ao barroco, sua obra adquire grande contemporaneidade em decorrência do acúmulo de matérias e do uso excessivo de tintas e a grande quantidade de informações.
A densidade simbólica é tanta que choca, mas ao mesmo tempo, ganha admiração no cenário internacional.
Suas obras integram coleções de museus do mundo todo, e tem alcançado recordes nas casas de leilão de Londres e Nova York, atestando o reconhecimento internacional. No Brasil, Adriana ganhou um pavilhão dedicado ao seu trabalho no Instituto Inhotim, em Minas Gerais
"Artes Plásticas não é questão de talento. Não é preciso ser um prodígio técnico, como Nelson Freire ou Mozart. É uma linguagem adulta, que depende do conhecimento. da bagagem cultural, da sensibilidade. Está ligada ao pensamento, à criatividade". Adriana Varejão à Revista Personalité, N° 2, MARÇO DE 2008,
ANO I
