Entrevista com Lucas Laranjeira
Qual foi o principal desafio em trazer um artista de fora, para dentro da Faculdade de Comunicação, Artes e Design (FCAD)?
O principal desafio foi selecionar um artista devido os requisitos da faculdade e também porque nós tínhamos que ter uma intervenção junto com a (Agência Experimental) Balaio de Gato, de acordo com a proposta que foi passado para eles. Então tinha que ser um artista que o trabalho dele fosse coerente com a Balaio de Gato. A Balaio tem como proposta atual o grafitti com Arte Urbana.
Você é o curador da Agência Experimental Espaço Galeria, projeto de Artes Visuais na FCAD. É uma responsabilidade muito grande ser líder de uma equipe com pessoas que estão se envolvendo no meio das Artes e futuramente, serão grandes artistas, assim como você já é, pois você já faz desenhos realistas, uma coisa bacana. Qual a sensação de saber que você está liderando futuros artistas, qual a responsabilidade e o que você espera de você mesmo pra isso?
Bastante burocrático, porque para você lidar com uma equipe, você precisa fornecer metas, você precisa estar sempre conversando, vendo quais os problemas estão tendo, se relacionando, procurando ver aquilo que eles estão com dificuldade para resolver, para ajudar sempre estar junto. Por esta proposta que a gente teve de trazer com um artista de fora, pela primeira vez no CEUNSP,foi um desafio bem grande. Mudou todas as pessoas que eram da Espaço Galeria, então até você reintegrar o pessoal, falar para eles o que é Espaço Galeria, como é o nosso trabalho...mas deu tudo certo e todos estão adorando.
O assunto agora é Curadoria. Você está agora trabalhando com isso na faculdade, você nunca tinha feito isso antes ou já havia experiência?
Não, nunca havia feito.
Fora daqui, depois desse tempo de faculdade, você acha que isso pode engajar a sua vida?
Com certeza sim, a Sonia agora me pediu para fazer um relatório científico, para ver se a gente consegue transformar o CEUNSP e a FCAD em mediador de exposições e concursos de artes. Então agora essa é a nossa meta: fazer concurso de artes aqui dentro. Chamar outras universidades, juntar e fazer um concurso entre elas.
O curso de Artes Visuais no CEUNSP é muito recente, nós estamos conquistando as coisas ainda com o tempo, assim como vários artistas até fora daqui. Para você, que é um artista, está estudando para evoluir, para conquistar cada vez mais, qual recado que você tem para outros artistas e estudantes do curso?
Olha, o mercado de trabalho de arte está crescendo bastante, fora e agora até mesmo dentro do Brasil, porque eles estão vendo que até países menos desenvolvidos que o Brasil estão se dedicando bastante tarde, até dentro do Brasil estamos vendo bastante concursos. E o recado que eu dou é batalhar, lutar e ir em frente, achar seu estilo, achar o que você gosta de fazer, gosta de pintar e partir para cima da Arte Contemporânea.
Reconhecimento é bom e todo mundo gosta. Como é para você, saber que as pessoas estão gostando, que estão achando bacana, o que está acontecendo e sabendo que você tem crédito com isso?
Eu achei bem interessante porque, na verdade, a Espaço Galeria evoluiu bastante. Sempre tinha correria, tinha o pessoal desesperado... Então, reconhecimento é legal, todo mundo vem cumprimentar elogiar. O diretor gostou bastante, o próprio artista veio aqui, conversamos, ele tirou foto e elogiou muito isso. Para mim foi legal porque com esse trabalho, consegui entrevistas com outros curadores.